top of page
  • Facebook Social Icon
  • YouTube Social  Icon
  • Foto do escritorHidetaka's

A História de Hachikō, o Akita que esperou pelo seu dono durante dez anos


A história de Hachiko é um testemunho emocionante de lealdade e vínculo entre um cão e seu dono. Hachiko, um Akita Inu, nasceu em 1923 em uma fazenda em Odate, na prefeitura de Akita, no Japão. Ele se tornaria um símbolo de fidelidade que tocou os corações de pessoas em todo o mundo.

O professor Hidesaburō Ueno, da Universidade de Tóquio, adotou Hachiko quando o filhote tinha apenas dois meses de idade. Os dois estabeleceram uma conexão profunda e inseparável. Todos os dias, Hachiko acompanhava Ueno até a estação de trem Shibuya, em Tóquio, onde Ueno pegava o trem para o trabalho. Hachiko também estava sempre lá quando o professor retornava, esperando ansiosamente por ele. Essa rotina diária continuou por cerca de um ano, até que, em maio de 1925, Ueno faleceu repentinamente enquanto estava no trabalho. Hachiko, que estava esperando na estação como de costume, não viu seu dono retornar. No entanto, isso não o desencorajou. Dia após dia, mês após mês, e ano após ano, Hachiko continuou a esperar na estação, aguardando o retorno de Ueno.



Estação de Shibuya na década de 1920
Estação de Shibuya na década de 1920, onde Hachikō esperava pelo professor Ueno.

A lealdade de Hachiko impressionou as pessoas que testemunhavam sua dedicação inabalável. Muitos passageiros regulares da estação notaram seu comportamento e começaram a trazer comida e água para o cão. Alguns até desenvolveram um carinho especial por Hachiko, admirando sua devoção tocante.



Os visitantes vinham de longe para encontrar Hachikō, um símbolo de lealdade.
Os visitantes vinham de longe para encontrar Hachikō.

Um dos ex-alunos do Professor Ueno, Hirokichi Saito, que também era um especialista na raça Akita, ficou sabendo da história de Hachikō e decidiu pegar o trem para Shibuya para ver por si mesmo se o animal de estimação de seu professor ainda estaria esperando. Quando ele chegou, viu Hachikō lá, como de costume. Ele seguiu o cão da estação até a casa do antigo jardineiro de Ueno, Kuzaburo Kobayashi. Lá, Kobayashi lhe contou a história de Hachikō.

Logo após esse encontro fatídico com o jardineiro, Saito publicou um censo sobre cães Akita no Japão. Ele descobriu que havia apenas 30 Akitas de raça pura documentados — sendo um deles Hachikō.

O ex-aluno ficou tão intrigado com a história do cão que publicou vários artigos detalhando sua lealdade. Em 1932, um de seus artigos foi publicado no jornal nacional Asahi Shimbun, destacando história comovente Hachiko. O cão leal ganhou atenção nacional e se tornou um exemplo de devoção canina.


Hachikō era apenas um dos 30 Akitas de raça pura registrados na época.
Hachikō era apenas um dos 30 Akitas de raça pura registrados na época.

Hachiko continuou a esperar na estação todos os dias, independentemente das condições climáticas ou do tempo que passasse. Sua perseverança e determinação capturaram a imaginação das pessoas em todo o Japão, que o apelidaram de "Chūken Hachiko", que significa "Hachiko, o cão fiel".


Estátua de bronze em homenagem a Hachiko.
Estátua de bronze de Hachiko

Em 1934, uma estátua de bronze em homenagem a Hachiko foi erguida na estação de trem de Shibuya, com a presença de Hachiko vivo durante a cerimônia. Mas poucos anos após a colocação desta estátua, a nação foi consumida pela Segunda Guerra Mundial. Como resultado, a estátua de Hachikō foi derretida para ser usada como munição. Porém, em 1948, uma nova estátua foi erguida na Estação Shibuya, onde permanece até hoje.

Hachiko continuou a esperar até 8 de março de 1935, quando ele faleceu de envelhecimento e problemas de saúde.

A morte de Hachikō foi manchete nacional. Ele foi cremado e suas cinzas foram colocadas ao lado do túmulo do Professor Ueno no Cemitério Aoyama, em Tóquio. O mestre e seu leal cão finalmente se reuniram.

Sua pelagem, no entanto, foi preservada, empalhada e montada. Atualmente, está exposta no Museu Nacional de Natureza e Ciência de Ueno, em Tóquio.


Hachiko empalhado, está atualmente em exibição no Museu Nacional de Ciências do Japão em Ueno, Tóquio.
Hachiko empalhado, está atualmente em exibição no Museu Nacional de Ciências do Japão em Ueno, Tóquio.


Sua história de lealdade emocionou as pessoas e deixou uma marca duradoura. A estátua de Hachiko em Shibuya se tornou um local de encontro icônico e um tributo à incrível devoção que ele demonstrou por seu dono.


Estátua Hachiko e professor Ueno
Estátua Hachiko e professor Ueno

A história de Hachiko foi contada em livros, filmes e obras de arte, tornando-se um símbolo de amor e fidelidade em todo o mundo. Sua história continua a tocar os corações das pessoas, lembrando-nos da conexão especial que os cães podem compartilhar com seus donos e do poder do vínculo entre humanos e animais.


Galeria de fotos:




Filmes:



Cena do filme Hachiko Monogatari de 1987
Cena do filme Hachiko Monogatari de 1987

A história de Hachikō chegou ao cinema pela primeira vez em 1987 no filme japonês chamado "Hachiko Monogatari", dirigido por Seijirō Kōyama.

É uma história trágica sobre Hachikō, um cão da raça Akita que foi leal ao seu dono, o professor Ueno, mesmo após sua morte. O filme foi lançado em 1987 e foi o filme mais assistido nos cinemas japoneses naquele ano.

Esse filme conta a história real de Hachiko, sem mudar os acontecimentos.






filme sempre ao lado
Filme sempre ao seu lado

A história de Hachiko tornou-se ainda mais conhecida quando a história de um mestre e seu leal cão serviu de trama para o filme americano "Hachi: A Dog's Tale", estrelado por Richard Gere e dirigido por Lasse Hallström.

Essa versão é vagamente baseada na história de Hachikō, embora se passe em Rhode Island e se concentre na relação entre o Professor Parker Wilson (Gere) e um filhote perdido que foi enviado do Japão para os Estados Unidos.

A esposa do professor, Cate (Joan Allen), é inicialmente contra ficar com o cão e, quando ele morre, Cate vende a casa deles e envia o cão para a filha deles. No entanto, o cão sempre consegue encontrar o caminho de volta para a estação de trem onde costumava ir cumprimentar seu antigo dono.




51 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comentarios


bottom of page
google.com, pub-6955066890383337, DIRECT, f08c47fec0942fa0